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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O GOVERNO é responsável pela violência nas escolas


É crescente a violência nas escolas. Alunos se autoagredindo, alunos agredindo professores e funcionários, comunidades depredando as escolas. Na grande imprensa, essas notícias já fazem partedo cotidiano.

A questão é que ora culpam os alunos, ora os professores pela indisciplina e violência nas escolas, colocando uns contra os outros, como se a responsabilidadenão fosse do Estado e dos seus governantes. 

Há anos, os governos intencionalmente difamam os docentes, através da grande imprensa, dizendo que são os responsáveis pelas mazelas da escola pública. Seu objetivo, desresponsabilizar-se pelos investimentos e, ao mesmo tempo, colocar a comunidade escolar contra os trabalhadores da educação.

Diante desse bombardeio de contrainformações, as crianças e jovens internalizam essas opiniões difundidas pela grande imprensa e reproduzidas pela sociedade, o que na prática se transforma em indisciplina e desrespeito aos docentes. 

Por outro lado, o investimento pífio dos governos em educação pública e as maracutaias com o pouco dinheiro que se tem não possibilitam condições adequadas de trabalho e de saúde para a realização de uma aprendizagemcom qualidade. Os trabalhadores em educação são massacrados com duplas ou triplas jornadas estafantes, salas superlotadas, falta de equipamentos etc...

Quando divulgados, os problemas de indisciplina e violência, objetivam colocar os profissionais da educação contra a comunidade. Também é comum ouvirmos no ambiente escolar o tratamento de alunos como “marginais”, “bandidos”, individualizando a questão e concluindo que “a culpa é da família que não deu a educação de berço”, a que muitas vezes as famílias sequer tiveram acesso, tirando a responsabilidade da sociedade e de seus governantes. O segundo objetivo alcançado: Professores e
funcionários clamando por polícia nas escolas para conter alunos.

Outro dificultador são os Conselhos Tutelares que, por um lado são vistos pelos docentes como instrumento de punição e não como interlocutores socioeducativos e por outro, culpabilizam frequentemente os professores e não os governos pela violência e indisciplina nas escolas. Além disso, são desprovidos de estrutura para atender a demanda para a qual são chamados, tornando-se um instrumento inócuo na sua ação.

Cabe a nós, profissionais da educação, intervir na escola para descortinar essa intencionalidade perversa dos governos de colocar trabalhadores da educação contra trabalhadores da comunidade e vice-versa,
atuando no sentido de aproximar a comunidade da escola.

Cabe ao nosso sindicato:
—Denunciar a violência nas escolas, responsabilizando os governos de plantão, descontruindo a ideia de que professores e comunidade são responsáveis por ela
—Desenvolver campanhas nas escolas para aproximar a comunidade dos trabalhadores da educação, na luta por uma escola pública de qualidade

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tudo o que você queria saber sobre as eleições do Conselho e não pode ser dito em um minuto

Em abril deste ano, na semana seguinte após o término da Greve, foi realizada a eleição para o Conselho do SINPEEM. Eleição que trouxe a tona diversas reflexões sobre a nossa organização sindical e funcionamento. 

O processo eleitoral explicitou uma forma de tocar o sindicato, que transpareceu na não existência de uma Comissão Eleitoral para organizar as eleições, uma forma de votação que confundiu a categoria e dificultou a apuração e, fundamentalmente, no descumprimento do estatuto da entidade para garantir a maioria de conselheiros e conselheiras vinculadas a direção majoritária.  A tônica desse processo foi o casuísmo e a falta de transparência.  As instâncias que são tão importantes para a nossa organização foram submetidas a conveniência do grupo que dirige o Sindicato.

De acordo com o Estatuto, em seu artigo 30, 
“Art. 30 – Bienalmente, haverá eleição para o Conselho Regional do SINPEEM. § 1º - O Conselho Regional do SINPEEM será composto por até 15% do total de representantes sindicais das unidades de trabalho”. 
Pelo resultado divulgado, foram eleitos 542 conselheiros, porém, esse número desrespeita as normas estatutárias. Considerando os dados disponíveis no site do SINPEEM e da Secretaria Municipal de Educação, existem 1.454 locais de trabalho ( entre escolas e DREs) com dois representantes sindicais (RE) em cada um desses locais. Partindo desses números, contaremos com 2.908 representantes sindicais e, se calcularmos 15% desse total, facilmente chegaremos a conclusão que o número de conselheiros eleitos para o mandato de 2012 – 2014 não pode passar de 437, pois a partir daí se ferirá o Estatuto.  Ao dar posse para 542 conselheiros e conselheiras, 105 a mais do que é definido pelo Estatuto, com o argumento falacioso de ampliar a participação, a direção majoritária do SINPEEM manipula o processo eleitoral  para que possa continuar com uma maioria que não é referendada pela base.

Seguindo o Estatuto, em seu Artigo 32,  “o Conselho Geral do SINPEEM é o somatório dos Conselhos Regionais e dos membros da Diretoria”, portanto, é necessário que se elejam os Conselhos Regionais que integrarão o Conselho Geral. Como é sabido, a organização regional da categoria está bastante enfraquecida: não temos mais subsedes e os Conselhos regionais não se reúnem. Em contradição com o que prevê em nosso estatuto, o que existe hoje é o Conselho Geral, apenas. Assim, seguimos descumprindo o estatuto e funcionando exclusivamente por instâncias gerais e centralizadas. A categoria, para ter acesso ao sindicato, deve ir à sede central. Qualquer organização regional, como vimos nos comandos de greve, esbarra na não existência de subsedes e Conselhos Regionais.

As cédulas e a apuração foram organizadas por uma empresa terceirizada, sem transparência do custo desse serviço e sem o acompanhamento e fiscalização da categoria. Sob o discurso da modernidade e da facilidade, as eleições saíram das mãos da categoria e foram para as da empresa. E o que vimos nas cédulas e na apuração, não foram facilidades, muito pelo contrário. Inúmeras foram as reclamações da categoria frente à “raspadinha”.

Durante o processo, nos depararamos com problemas de várias ordens: lotes de cédulas com problemas de gráfica (códigos de barras sem a tarja), tarjas coladas acima ou abaixo do alinhamento, deixando candidatos com códigos de barras parcial ou totalmente descobertos. Em alguns postos, essas cédulas foram percebidas e trocadas e/ou anuladas e muitas foram utilizadas pelos eleitores. Frente a esses problemas, durante a apuração, os escrutinadores inferiam os votos dos eleitores e indicavam isso nas cédulas, para passar a empresa para contabilizar. Um processo que dificultou a votação e a apuração dos votos.

Frente a tantos problemas, a posse foi postergada, em meio a um processo judicial, impetrado por alguns candidatos ao Conselho. Processo que ainda está em curso. Infelizmente esse Conselho que inicia seus trabalhos hoje traz essa  marca. A marca de uma eleição que confundiu a categoria, organizada de forma unilateral, com um sistema de votação e apuração que dificultou a fiscalização, o descumprimento do estatuto da entidade e uma campanha pública de mentiras e ataques. 

Hoje interessa aumentar o conselho, “elegendo” mais de 100 conselheiros. Isso ocorreu para que a direção seguisse controlando esse espaço. Pode ser que amanhã interesse diminuir...

Não podemos pautar nossa organização sindical em casuísmos, ao sabor do momento. A democracia se faz sem golpes, sem mentiras, sem a criminalização da divergência e da crítica. Respeitando o estatuto, os fóruns e as deliberações da categoria.

Lutaremos para que as próximas eleições transcorram de forma democrática, transparente e pautada no estatuto, e não em conveniências políticas do grupo majoritário.

A quem interessa as mentiras sobre a ação judicial? 

"Se você falar mentiras sobre a gente, falamos a verdade sobre você"
(Plebe Rude)

Após tantas mentiras ditas sobre a ação judicial, nos sentimos obrigados a esclarecer a categoria.

A ação questionava o procedimento adotado na eleição e apuração e o não cumprimento do estatuto em diversos pontos, sobretudo em relação ao tamanho do Conselho. Em NENHUM MOMENTO SE QUESTIONOU A DISPENSA DE PONTO, um direito da categoria. O texto protocolado está disponível para consulta e esclarecimento.

O mérito da ação não foi julgado ainda. O juiz responsável declarou-se sem condições para julgar e encaminhou a ação para a Justiça Comum. Dessa forma, a liminar que impedia a posse, caiu. O processo está tramitando na Justiça Comum.
     
A prática da mentira é freqüente naqueles que não querem debater a verdade sobre os acontecimentos. Naqueles que tem algo a esconder. E até agora a direção majoritária não explicou porquê descumpriu o estatuto em tantos pontos. O estatuto do SINPEEM foi rasgado, o Conselho e os fóruns  do sindicato funcionam de acordo com a vontade do presidente e seu grupo, e não da categoria e de seus instrumentos.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Eleições 2012: Os Rumos da Educação e o Sindicato que Precisamos

O Movimento por Democracia e Independência no Sinpeem convida os profissionais em Educação para discutir as eleições municipais e o congresso do Sinpeem deste ano.

Este evento contará com a participação de representantes das candidaturas à prefeitura de São Paulo.
  • Primeira mesa: Eleições 2012 e os rumos da Educação
  • Segunda mesa: Congresso do Sinpeem e o sindicato que precisamos
Sábado, 15 de setembro, às 14 horas
EMEI Montese - Rua Domingos de Rogatis, 91 - Jardim da Saúde (altura do nº 1200 da Av. do Cursino)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

1º Seminário Regional de Educação Infantil

Com o tema "As Políticas Públicas para a Educação Infantil: As Terceirizações e a Precarização do Trabalho Docente em São Paulo", o Movimento por Democracia e Independência no Sinpeem realiza seu primeiro seminário.

Próximo sábado, 1 de setembro de 2012, às 9 horas, na Apeoesp Lapa - Rua Crasso, 159, Vila Romana (próximo à Praça Cornélia).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Por que queremos mudar o sindicato?


ApesarDe Você
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando
pro chão
Viu? (...)
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de
repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia”
(Chico Buarque)


Convidamos toda a categoria a fazer parte desse movimento pois o SINPEEM precisa mudar. Mudar para representar a categoria, impulsionar as lutas, garantir conquistas, defender a escola pública e os direitos da categoria. Para isso, é preciso independência política e democracia.
Acreditamos que o sindicato é o instrumento para organizar as lutas da categoria. Lutas em defesa da escola pública, estatal, laica e para todos, por direitos e conquistas. Para nós, o sindicato é espaço de debate, de formação, informação e formulação coletiva. É o espaço da pluralidade de pensamento, no qual a crítica e a opinião divergente não pode ser criminalizada.

É espaço democrático, com a função de ser um educador coletivo, contrariando a lógica do mercado, do pensamento único e do individualismo reinantes em nossa sociedade de consumo.

O SINPEEM é um instrumento dos trabalhadores em educação e os representa, portanto, a independência frente aos governos é fundamental. Há muitos anos vemos o SINPEEM atrelado às administrações municipais, desrespeitando cotidianamente as posições da categoria e suas lutas para não incomodar Serra e Kassab, e não contrariar seus interesses. Queremos o SINPEEM de volta para a categoria, com democracia, independência e coragem para lutar!

Por isso, lançamos o Movimento por Democracia e Independência no SINPEEM. Para que possamos acabar com o personalismo, autoritarismo e subserviência aos governos municipais. O nosso movimento defende um sindicato mais próximo dos associados, com subsedes funcionando em todas as regiões da cidade, com debates democráticos, com seus fóruns voltados para a realidade da rede municipal e que prepare a categoria para as lutas.

Justamente por reconhecer a importância do sindicato e da luta de todos os educadores que convidamos os associados do SINPEEM a participarem desse movimento de mudança.Participe, debata em sua escola e nos fóruns do sindicato.

Defendemos
✔ Abertura de subsedes nas diversas regiões da cidade;
✔ Contra a perseguição e criminalização no movimento e sindicato;
✔ Contra a utilização dos instrumentos jurídicos e de comunicação do sindicato para expor, perseguir, ameaçar e criminalizar associados;
✔ Pela democracia e independência no SINPEEM!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Movimento por Democracia e Independência no Sinpeem

Durante o primeiro semestre deste ano, os trabalhadores da educação demonstraram disposição em resistir aos ataques do governo Kassab/PSD. A extensa pauta de negociações, que vem se arrastando a anos, levou os trabalhadores a não aceitarem mais a enrolação que vinha sendo implantada pelo governo e sindicato. Os acordos não resultaram em conquistas para os profissionais da educação. O reajuste parcelado, a ameaça de retirada das férias coletivas para os professores de CEI e EMEI, a negação em incorporar as gratificações, a precarização do trabalho nas escolas foram os principais motivos para a deflagração da greve, a contragosto da direção majoritária do sindicato.

A força da greve revelou o descontentamento da categoria frente a situação da rede municipal e sua opção por um sindicato de luta. Os comandos de greve demonstraram grande disposição em construir a greve nas diversas regiões da cidade, incorporando novos educadores ao movimento, apesar da ausência de subsedes e sem estrutura mínima garantida pelo sindicato.

O governo apresentou uma proposta com itens já negociados e não cumpridos nas Campanhas Salariais anteriores. Uma proposta que não atendia as reinvindicações da categoria. A maioria da assembleia rejeitou essa proposta, votando pela continuidade do movimento. Entretanto, o presidente do SINPEEM, desrespeitou a posição dos presentes, impediu a continuidade do debate e decretou o fim da greve. Frente a essa postura autoritária, a categoria manifestou sua indignação, permanecendo no local e exigindo a retomada dos debates. Até o presente momento, os pontos acordados entre governo e direção majoritária do sindicato não foram atendidos integralmente.

Essa situação de falta de democracia, atrelamento ao governo e desrespeito a categoria não é novidade. Essa tem sido uma prática constante do grupo que dirige o SINPEEM, sentida nos momentos de mobilização e nas instâncias do sindicato - R.E.s, Congressos, Assembleias e Conselho. A eleição do Conselho é o exemplo mais recente da falta de democracia. Foi organizada unilateralmente, sem participação e fiscalização, descumprindo o estatuto ao aumentar o número de conselheiros para garantir a maioria do grupo Compromisso e Luta, derrotado na eleição. Essa derrota expressa o descontentamento da categoria diante da falta de democracia e independência do sindicato.

Acreditamos que o sindicato é o instrumento para organizar as lutas da categoria. Lutas em defesa da escola pública, estatal, laica e para todos, por direitos e conquistas. Para nós, o sindicato é espaço de debate, de formação, informação e formulação coletiva. É o espaço da pluralidade de pensamento, no qual a crítica e a opinião divergente não pode ser criminalizada.

É espaço democrático, com a função de ser um educador coletivo, contrariando a lógica do mercado, do pensamento único e do individualismo reinantes em nossa sociedade de consumo.

O SINPEEM é um instrumento dos trabalhadores em educação e os representa, portanto, a independência frente aos governos é fundamental. Há muitos anos vemos o SINPEEM atrelado às administrações municipais, desrespeitando cotidianamente as posições da categoria e suas lutas para não incomodar Serra e Kassab, e não contrariar seus interesses. Queremos o SINPEEM de volta para a categoria, com democracia, independência e coragem para lutar!

Lutas que são vistas em todo o Brasil e no mundo. Representando mobilizações contra a crise e a retirada de direitos dos trabalhadores. Muitas são as lutas na cidade de São Paulo: contra as terceirizações ( intensificadas na educação infantil e quadro de apoio e instituída na saúde por meio das O.S.s), pela ampliação do investimento municipal em educação para 30%, por melhores condições de trabalho, pela garantia do atendimento na educação infantil e EJA e por reajuste real de salário para o funcionalismo municipal. É preciso mudar os rumos do SINPEEM para conquistarmos direitos para a categoria e para a população.

Por isso, lançamos o Movimento por Democracia e Independência no SINPEEM. Para que possamos acabar com o personalismo, autoritarismo e subserviência aos governos municipais. O nosso movimento defende um sindicato mais próximo dos associados, com subsedes funcionando em todas as regiões da cidade, com debates democráticos, com seus fóruns voltados para a realidade da rede municipal e que prepare a categoria para as lutas. Justamente por reconhecer a importância do sindicato e da luta de todos os educadores que convidamos os associados do SINPEEM a participarem desse movimento de mudança. Participe, debata em sua escola e nos fóruns do sindicato.